A partir dos 24 anos, a possibilidade de ter um primeiro filho diminui 40% nas mulheres que bebem de forma exagerada, enquanto que a partir dos 30 essa possibilidade cai 73%.
Nos homens, a influência do álcool é praticamente nula O aumento do consumo álcool entre as mulheres poderá ter efeitos nefastos nos níveis de fertilidade, segundo um estudo norte-americano que analisou grupos de gêmeos australianos.
Quando são jovens, pode favorecer condutas sexuais de risco e gravidezes indesejadas. Mas a partir dos 24 anos a dependência dificulta a possibilidade de ter o primeiro filho. "A medida que aumenta a idade o efeito fica mais marcado. A partir dos 24 anos, a possibilidade de ter um primeiro filho cai 40% nas mulheres que bebem de forma exagerada, enquanto que a partir dos 30 essa possibilidade cai 73%", disse ao jornal chileno La Tercera a professora de Psiquiatria da Universidade de Washington, Mary Waldron, uma das autoras do estudo que sairá na edição de Novembro do revista Alcoholism: Clinical Experimental Research.
No estudo foram analisados dois grupos de gêmeos australianos nascidos entre 1893-1964 (3634 mulheres e 1880 homens) e 1964-1971 (3381 mulheres e 2748 homens). Os resultados revelaram problemas reprodutivos nas mulheres alcoólicas de ambos os grupos, tendo o efeito nos homens sido quase nulo.
Talvez porque as mulheres atingem concentrações de álcool no sangue maiores que os homens, apesar de consumirem o mesmo. Segundo a professora norte-americana, o álcool pode causar problemas reprodutivos como desordens menstruais, disfunção sexual e complicações na gravidez que resultam em abortos espontâneos. "As jovens que bebem álcool têm que pensar nas conseqüências a longo prazo em termos de maternidade tardia", alertou Waldron. "As mulheres que já têm problemas de fertilidade não devem usar o álcool para lidar com o stress causado pelos problemas de reprodução, porque o álcool iria piorar a situação além de poder criar dependência", concluiu.
Fonte: Diário de Notícias
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