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domingo, 20 de junho de 2010

Partindo comprimidos


Alguns médicos prescrevem seus medicamentos e recomendam que partam seus comprimidos para atingir a dosagem solicitada.

Tudo bem, alguns medicamentos de altas dosagem até pode fazer (pois quase todo o comprimido é com o princípio ativo e pouco excipiente, ex.: paracetamol), mas os de baixa dosagem NUNCA!!!!

Por exemplo, se o medicamento é de 10mg, como saberei que ao partir o comprimido terei 5mg em cada pedaço? NÃO TEM COMO SABER.
Sabemos que o comprimido terá aproximadamente 10mg, mas ao partir poderemos ter numa metade 8mg e na outra 2mg, ou 3mg e na outra 7mg, etc...
Fora que dificilmente conseguimos partir o comprimido perfeitamente, evitando que uma das partes se quebrem em vários outros pedaços, mesmo com uso de aparelhos cortadores de comprimidos.

Isso não sou eu que estou constatando, falo de estudos científicos sobre o assunto - comprovados em laboratório.

Resolvi escrever sobre isso porque nesta semana recebi na farmácia uma prescrição médica de um medicamento controlado (Donaren Retard - medicamento de liberação prolongada - mais absurdo ainda!)que dizia assim:

Tomar 1/3 (um terço) do comprimido antes de deitar.

Imaginem partir um comprimido em 3 partes! Que horror!! Partir em 2 já é dificil, imaginem em 3 partes.

Será que o médico não poderia ter orientado o paciente a manipular este medicamento? Afinal as farmácias de manipulação estão aí, e o seu principal propósito seria este, produzir medicamentos cuja dosagem não existe, auxiliando o médico junto ao tratamento do paciente.

Boa semana a todos!

4 comentários:

♫ Quelccy ♫ ('This Sound Smeels Rainbow') disse...

Olá! Saudações Farmacêuticas, Dr. Emerson!
Mais uma excelente postagem essa de hoje!
Também já presenciei casos assim na drogaria que sou responsável, como a de um cardiologista prescrevendo Lexotan 3mg para um paciente tomar 1/3 dele quando tivesse insônia. Um absurdo mesmo! Coitado do paciente que terá que se virar para conseguir essa proeza de partir o comprimido!
Qual a sua opinião em relação à atitude que nós Farmacêuticos deveríamos tomar em uma situação dessa? Temos que ligar para o médico e "orientá-lo" sobre os possíveis problemas dessa prescrição, a fim que isso não se repita? Ou devemos dispensar o medicamento mesmo assim e somente orientar o paciente para pedir uma nova prescrição manipulada?
É muito importante divulgarmos esses assuntos para todos, principalmente para os pacientes porque assim eles, ao verem esse tipo de prescrição, peçam aos seus médicos um medicamento manipulado para não ter que "partir" o medicamento.
Mil beijos!
Muito sucesso pra você!

♫ Quelccy ♫ ('This Sound Smeels Rainbow') disse...

Estou divulgando seu blog e essa matéria para todos meus colegas Farmacêuticos!
Abraços!

Farm. Emerson disse...

Olá Quelccy!!
Muito obrigado por divulgar a matéria, acho que esta é uma forma de encontramos soluções para as nossas dúvidas.
Adorei o teu blog!!!

Normalmente quando acontece esta situação, explico para o paciente sobre as dificuldades que ele terá para partir o comprimido na dosagem correta.
Se o medicamento é passível de ser manipulado, oriento que assim o faça.

Att,
Farm. Emerson

Felipe Miranda disse...

Já ouvi médicos dizendo "o representante me garantiu que podia partir o comprimido!"