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quarta-feira, 29 de abril de 2009

MORTE DE BUGIOS EM GUAÍBA - ALERTA CONTRA A FEBRE AMARELA

Após seis meses dos primeiros sinais do avanço da febre amarela no noroeste do Rio Grande do Sul, o vírus chegou à Região Metropolitana e soou o alerta na Capital.

A Secretaria Estadual da Saúde confirmou ontem a morte de dois bugios pela doença na área rural de Guaíba.

Agora, a missão será imunizar mais de 2 milhões de pessoas só na Grande Porto Alegre.
A notícia provocou alvoroço nos corredores da secretaria e das prefeituras da Capital e Guaíba na tarde de ontem. Ao lado do secretário municipal da Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, anunciou que os animais foram encontrados no último fim de semana nas localidades de Petim e Alto Mathias, zonas rurais de Guaíba, onde vivem cerca de 200 pessoas.

Com a confirmação de que a doença matou os animais, municípios que circundam a região – entre eles, Porto Alegre – foram incluídos na zona de risco, que agora conta com 290 municípios.De outubro de 2008 até abril, sete pessoas já morreram no Estado infectados pelo vírus, e outras 11 conseguiram se curar da doença.

– Quem não transita nessas áreas (de mata) não precisa correr até os postos de saúde. Gradativamente, faremos a vacinação em moradores das áreas urbanas também. Pretendemos de 30 a 60 dias estar com toda a população vacinada – disse Terra.
Em Guaíba, a secretária de Saúde, Janice Heidrich, anunciou que hoje uma reunião formulará a estratégia de combate à doença.
Apesar da notícia da morte dos bugios, ela afirma que não há nenhum caso de contaminação de pessoas no município.
Cinco postos de saúde estarão abertos para imunização.– Estaremos com 10 mil doses para aplicar em Guaíba, mas grande parte da população das áreas rurais já foram vacinadas. Estamos trabalhando e pedimos que a população não entre pânico – pede a secretária.
Fonte: Jornal Zero Hora

domingo, 12 de abril de 2009

Erva comum no Brasil pode ser nova esperança contra câncer


Uma erva comum no Brasil e que cresce na mata pluvial da costa litorânea pode se tornar futuramente uma aliada dos especialistas na luta contra o câncer.
Análises feitas por uma equipe de pesquisadores de Ciências Farmacêuticas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Santa Catarina, demonstraram que compostos isolados da erva-de-são-simão (Vernonia scorpiodes) são capazes de destruir vários tipos de células tumorais, sem causar efeitos expressivos às células não tumorais."Uma das frações dos extratos da planta mostrou bons resultados em camundongos e quando testada em três tipos de células cancerígenas", explicou Tania Mari Bellé Bresolin, coordenadora do Mestrado em Ciências Farmacêuticas da Univali.
Segundo a professora, algumas análises da erva-de-são-simão alcançaram uma atividade seletiva, destruindo células de melanoma e adenocarcinoma e estimulando células do sistema imune, que auxiliam na defesa do organismo.
Sabe-se que, entre os efeitos colaterais da maioria dos agentes quimioterápicos utilizados atualmente, está a destruição de células de defesa, o que torna o paciente mais suscetível às infecções. "Se comprovada a seletividade dos compostos, futuramente pode-se desenvolver um quimioterápico mais seguro", analisou.
Apesar de estarem confiantes com a pesquisa, os cientistas catarinenses garantem que os resultados ainda são preliminares. "Potencial a erva tem, mas até chegarmos a um medicamento existe um longo caminho a percorrer para sabermos se a planta pode servir como fonte de um fármaco contra a doença", destacou Tania.
Ela também alertou sobre os riscos da ingestão da erva-de-são-simão devido à sua toxicidade, que pode ser nociva ao ser humano em caso de uso indiscriminado. "Alguns compostos isolados afetam também células não-tumorais", avisou.
Por temer a utilização inadequada pelas pessoas, Tania optou por não divulgar uma imagem da planta, pois ela é facilmente encontrada em pastagens, terrenos baldios e beiras de estradas.
De acordo com a pesquisadora, o objetivo da equipe não é estimular o uso, mas tentar despertar o interesse da indústria farmacêutica para investir em estudos aprofundados da Vernonia scorpiodes - que tem mais de 200 variações no País. "Os estudos são iniciais e ainda serão necessários testes complementares para garantir a efetividade e segurança da sua utilização", completou.
Resultado comum
Uma pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que não quis se identificar, afirmou que muitas ervas encontradas no País e estudadas em laboratório possuem potencial para destruir células cancerígenas. "É possível uma erva como a Vernonia Scorpiodes ter capacidade antitumoral, no entanto, não quer dizer que ela vá ajudar na prática a acabar com o câncer", alertou.
Para a especialista, os resultados obtidos com a erva-de-são-simão surpreendem pouco a comunidade científica. "Os efeitos podem ser negativos no organismo do ser humano, quando envolve todo um conjunto de fatores, do que nos testes in vitro, onde é feita a cultura de células e o isolamento de compostos", explicou.
Segundo ela, "a possibilidade da planta um dia ser utilizada em medicamentos ainda é uma incógnita".
Fonte: Terra Notícias