Doação de Medicamentos

Medicamentos dentro do prazo de validade podem ser doados no Hospital Militar ou na Igreja do Rosário
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sábado, 16 de fevereiro de 2008

ATENDENTE DE FARMÁCIA (TURMAS 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8)

Oitava turma (13/11/2007)

Sétima turma (05/09/2007)


Sexta turma (20/08/2007)



Quinta turma (04/08/2007)




Quarta turma (09/06/2007)

Terceira turma (30/03/2007)


Segunda turma (28/03/2007)




Primeira turma (26/03/2007)

sábado, 9 de fevereiro de 2008

INIBIDORES DO APETITE


Reportagem exibida no programa Bom Dia Brasil da rede Globo, dia 07/02/2008


Comércio paralelo de remédios


Em nenhum outro lugar no mundo se consomem mais remédios para emagrecer que no Brasil. Esse tipo de medicamento só pode ser vendido com receita, mas muitas farmácias não cumprem a lei.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aumentou o controle sobre a venda de inibidores de apetite. Com as novas regras, a Anvisa quer acompanhar com mais eficiência a venda desses remédios. Apesar de proibido, ainda tem farmácia que consegue dar um jeitinho para fornecer esses medicamentos sem prescrição médica.

Com uma câmera escondida, a equipe do Bom Dia Brasil entrou em uma farmácia de Brasília e pediu um inibidor de apetite, sem receita.
Funcionário - É o seguinte: nós pagamos a receita para o médico, entendeu? O que nós cobramos a mais é só a receita. Eu posso até vender para você, mas, ficando por aqui.

Repórter - Quanto é a receita?

Funcionário – R$ 15.

O flagrante revelou apenas uma das várias formas de burlar a lei para conseguir remédio para emagrecer.
"Vemos relatos de pessoas que adquirem esses medicamentos até pelo correio e pelo telefone", comenta o médico Orlando Faria.
Em alguns casos, o consumidor traz uma receita que dá direito a comprar, por exemplo, três caixas de um inibidor de apetite. Mas leva só uma e a farmácia fica com a receita que libera outras duas caixas. O próximo comprador, então, pode levar o remédio sem problema.

Para dificultar essa prática, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) limitou a prescrição desse tipo de remédio para um mês.
"Antes você poderia prescrever o medicamento para 60 dias. Às vezes o paciente ia comprar, não tinha dinheiro para tudo aquilo, comprava uma caixa, sobravam uma ou duas na farmácia, o farmacêutico revendia aquilo", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia do DF, Neuton Gomes.

O controle da venda desses medicamentos mudou. O que antes era feito à mão, agora será informatizado. O farmacêutico registra no computador o nome do paciente, do médico que deu a receita, o tipo de remédio e o lote. Em até sete dias, as informações têm que ser enviadas à Anvisa. Com o controle manual, os dados levavam até um ano para chegar.
"Tínhamos muitos problemas não só na obtenção desses dados mas na análise deles. Estamos inaugurando um sistema de informação que terá relatórios e bancos de dados suficientes para que tenhamos possibilidade de vigiar e de agir", diz a diretora da Anvisa, Maria Cecília Brito.

Inibidores de apetite já fizeram parte da rotina da empresária Fabíola Florêncio. Ela diz que é realmente fácil comprar sem receita, em qualquer lugar do país.
"Você toma, perde peso rápido. Mas quando pára, se você tiver de parar um dia, vai ganhar tudo aquilo que você perdeu, vezes dois, vezes três, ou seja, você vai triplicar o seu peso. Foi o que aconteceu comigo", declara Fabíola Florêncio.

"O medicamento, se tomado sem cuidado, pode fazer mal e pode até matar", alerta o médico Orlando Faria.

Procurar o médico antes de tomar qualquer remédio para perder peso é um alerta antigo. Segundo os profissionais da área, é muito comum que o paciente que chega ao consultório relate o consumo de vários inibidores de apetite comprados sem receita.



Comentário: Estava tomando o café da manhã quando assisti a reportagem. Tive três momentos distintos durante a apresentação da reportagem:

Inicialmente fiquei satisfeito pela repercussão do assunto na mídia televisiva;

Após, fiquei envergonhado pela venda ilegal de medicamentos controlados, que realmente acontece em muitas farmácias, "com ou sem farmacêutico presente";

E por fim, fiquei completamente indignado com as palavras do presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, quando generalizou, culpando os Farmacêuticos pela venda ilegal destes medicamentos.

Existem muitas farmácias e profissionais Farmacêuticos que trabalham baseados nos valores da ética e responsabilidade profissional. Generalizar é um equívoco enorme, fazendo com que a sociedade visualize o Farmacêutico como um infrator.