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sábado, 18 de outubro de 2008

Uso de celular pode provocar desenvolvimento de vários tipos de câncer

O uso do telefone celular pode provocar a longo prazo o desenvolvimento de vários tipos de câncer, indicam os resultados preliminares do estudo Interphone, realizado pelo Centro Internacional de Pesquisa sobre o Câncer.

O relatório, publicado hoje pelo jornal "Le Soir", é o maior estudo deste tipo realizado até o momento e reúne informações de 13 países (Alemanha, Austrália, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Israel, Itália, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Suécia e Reino Unido).
Para realizá-lo foi usado um protocolo comum que analisou quatro tipos de câncer: gliomas, meningiomas, neurinomas e tumores nas parótidas (glândulas salivares situadas nos dois lados do rosto).

Sobre os gliomas, um tipo de câncer de cérebro, o relatório revela um aumento do risco de o mesmo se desenvolver por causa do uso de celulares durante um período de dez anos ou mais.Os estudos realizados demonstram que o risco de desenvolver um glioma entre os usuários que estão há mais de uma década usando o celular é 60% maior que o resto da população nos países escandinavos, enquanto na França a percentagem alcança 100% e na Alemanha supera esta marca (120%).

Por outro lado, embora os resultados indiquem que falar com celular não parece incidir no desenvolvimento de meningiomas, se evidenciam que um uso intensivo destes aparelhos pode levar ao aumento dos casos de neurinomas, acrescenta o relatório.Por último, embora os resultados globais não pareçam revelar um aumento do risco no caso dos tumores nas parótidas, o estudo israelense, realizado em meio a indivíduos que usavam o celular de forma intensiva, "permite pensar que existe uma relação".

A coordenadora do estudo, Elisabeth Cardis, afirmou ao "Le Soir" que os resultados do relatório "não têm o valor de uma publicação definitiva", texto que será divulgado em 2009.Segundo esta especialista, é prematuro planejar a revisão de normas, mas convém "reagir com prudência e recomendar às crianças que usem o celular de forma razoável e dando prioridade aos telefones fixos".

Fonte: (Jornal de Brasilia - DF)

domingo, 5 de outubro de 2008

Estudo liga plástico a distúrbio cardíaco e diabetes

Um novo estudo vincula uma substância usada em diversos utensílios plásticos, inclusive mamadeiras, a diabetes e distúrbios cardíacos, mas a agência reguladora norte-americana disse que tais utensílios continuam sendo considerados seguros.

A substância bisfenol A (BPA), muito usada em embalagens de alimentos, latas e garrafas de bebidas e material para obturação dental, já era questionada devido a testes em animais. Mas o novo estudo britânico, publicado na revista da Associação Médica Americana, concluiu que, entre 1.455 adultos examinados nos EUA, aqueles com maiores níveis de BPA tinham mais propensão a diabetes, doenças cardíacas e problemas hepáticos.

A FDA, agência que regula alimentos e drogas nos EUA, prometeu analisar as conclusões, que não foram levadas em consideração quando, em agosto, a agência divulgou um relatório preliminar atestando a segurança do BPA nos seus atuais usos. "Temos confiança nos dados que examinamos e nos dados em que estamos confiando para dizer que a margem de segurança é adequada", disse Laura Tarantino, funcionária do FDA, a jornalistas."Há coisas que podem ser feitas para reduzir o nível de bisfenol A, mas não recomendamos que ninguém mude de hábitos ou mude o uso de qualquer desses produtos, porque neste momento não temos provas que indiquem tal necessidade", afirmou.O BPA entra na composição do plástico policarbonatado, um material translúcido e que não estilhaça. Dentro do organismo, o BPA pode se comportar como o hormônio estrogênio, segundo os cientistas. A ingestão se dá pelo desprendimento de partículas plásticas em alimentos e bebidas.Alguns fabricantes estão deixando de usar essa substância.

Autoridades canadenses já concluíram que ela é nociva. Mas Steven Hentges, do Conselho Americano de Química, disse que o estudo é inconclusivo. "O bisfenol A foi muito intensamente estudado em enormes quantidades de pesquisas de laboratório com animais. E o peso das evidências a partir de tais estudos continua a apoiar o uso seguro dos produtos contendo o bisfenol A", disse Hentges por telefone.

Os pesquisadores britânicos admitiram que seu estudo, embora estabeleça uma correlação, não prova os efeitos adversos do BPA. O estudo foi feito com base em exames de urina de adultos de 18 a 74 anos, representativos da população dos EUA.As pessoas que estavam entre as 25% com maior presença da substância na urina tinham o dobro de propensão a ataques cardíacos e à diabete tipo 2, em comparação com os 25% com a menor presença de BPA.

Numa reunião de uma comissão do FDA sobre o tema, vários cientistas e ativistas disseram que a agência ignorou pesquisas com animais, e alguns pediram que o uso da substância em embalagens de alimentos seja proibida.O deputado democrata John Dingell, presidente da Comissão de Energia e Comércio da Câmara, disse que o FDA "se foca de forma míope em pesquisas bancadas pelo setor alimentício e químico". Tarantino disse que o FDA não ignorou as pesquisas com animais e que os estudos patrocinados pelas empresas de fato foram importantes ao se chegar à conclusão. A comissão consultiva deve apresentar seu parecer em outubro.A funcionária disse que há discussões para que o governo faça seus próprios estudos sobre o BPA, mas que isso poderia levar anos.

Fonte: Reuters